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Monografia

Reconstrução de maxila atrófica por meio de osso alógeno congelado fresco. Avaliação clínica e histológica comparativa em seis e nove meses em região de seio maxilar. Relato de caso

Aluno: Iris Monia Steckelberg
Orientador(a): Dra. Ana Paula Farnezi Bassi
Área: Implantodontia
Ano: 2010

Resumo
A reabilitação do rebordo posterior da maxila atrófica representa um dos eventos mais desafiadores na implantodontia. O osso com quantidade e qualidade reduzida afeta severamente o prognóstico da terapia com implantes nestas regiões. O enxerto ósseo autógeno é considerado o padrão ouro na literatura científica, sendo a primeira escolha dos profissionais, porém entre outras desvantagens, nem sempre o paciente tem suficiente área doadora intra ou extra-bucais para a remoção do enxerto, sendo necessária a utilização dos biomateriais. Neste trabalho, foi realizado o relato do caso onde efetuamos a elevação bilateral do seio maxilar da paciente com osso alógeno congelado fresco, com intervalos cirúrgicos de 3 meses entre cada procedimento, e numa terceira cirurgia, foram reabertos simultaneamente o seio maxilar e esquerdo com 6 e 9 meses de remodelação óssea respectivamente, para a instalação de implantes dentários, viabilizando a futura instalação de uma prótese híbrida fixa. Clinicamente, o lado direito com 6 meses de remodelação óssea, permitiu a instalação de implantes compactantes com baixo torque de instalação, porém com estabilidade inicial, com qualidade óssea tipo IV e tipo III. O lado esquerdo, com 9 meses de remodelação óssea, recebeu implantes cortantes devido à presença de blocos de FFB (osso congelado fresco) para aumento de volume horizontal além do levantamento de seio, e também permitiu a instalação de implantes com torque baixo, com estabilidade inicial, a qualidade óssea verificada foi de osso tipo II. As amostras retiradas para histologia apresentaram osso com aspecto sangrante vivo. Histologicamente observou-se na amostra com 6 meses de remodelação óssea enxerto homólogo triturado apresentando fragmentos predominantemente não viáveis. Eventualmente foram visualizados fragmentos em discreta remodelação, associado à atividade osteoclástica, por vezes os fragmentos exibiram comportamento osteocondutor. A amostra com 9 meses de remodelação óssea mostrou fragmentos ósseos de enxerto homólogo , ora não viáveis, ora em processo de remodelação . Na amostra retirada do enxerto em bloco não houve sinais de incorporação com o leito receptor. Neste caso o FFB foi propicio para o levantamento de seio maxilar com o intuito de reabilitação oral com implantes dentários, especialmente com a instalação dos implantes no tempo de remodelação óssea de 9 meses onde sentimos sensível melhora na qualidade óssea encontrada.