Reabilitação de arco edêntulo total baseada no fluxo digital de próteses provisórias muco e implanto suportadas: Validação clínica e laboratorial
Aluno: Eduardo Romagna Machado
Orientador(a): Prof. Dr. Sergio Rocha Bernardes
Área: Implantodontia
Ano: 2024
RESUMO
Este estudo objetivou realizar uma validação clínica laboratorial de uma proposta
técnica para confecção de próteses cerâmicas implantossuportadas mandibulares e prótese total
mucossuportada maxilar através do fluxo digital em pacientes já reabilitados com próteses
impressas. Dezoito pacientes foram selecionados, tiveram suas próteses provisórias e sua
relação de oclusão escaneadas, variando a técnica de escaneamento (scanbodies unidos ou não).
Foram obtidas fotografias padronizadas e análise clínica da relação estética e funcional. Quando
alguma necessidade de modificação nas próteses iniciais foi detectada, as observações foram
enviadas para o laboratório (DLAB- Curitiba, Brasil), solicitando a confecção das peças
definitivas de arcos inferiores em zircônia (parafusadas com cilindros de titânio cimentadoslinks) e superiores em resina. Em 15 dos 18 pacientes (83%) a técnica de escaneamento mostrou-se efetiva tendo a técnica sem união entre scanbodies mostrado melhores resultados.
Em 3 pacientes que possuíam rebordos extremamente reabsorvidos, técnicas alternativas de
escaneamento foram testadas (marcação com contraste, dispositivos suturados, barreira
gengival e associação de escaneamento intraoral com modelo de gesso) sendo que apenas uma
mostrou resultado efetivo (a técnica que associa um modelo de gesso). Quanto à condução do
tratamento, em 11 pacientes as reabilitações foram conduzidas em dois tempos (primeiro a
prótese inferior e depois a superior), em 7 pacientes testou-se a técnica de confecção das duas
próteses em um único tempo. Os dois métodos permitiram a obtenção de boas reabilitações,
porém quando usada a técnica direta observou-se mais necessidade de ajustes, que foram
satisfatórios. Com base nos dados coletados parece lícito concluir que o fluxo testado se mostra
efetivo podendo ser adotado com segurança em casos de rebordos inferiores com altura. Nos
casos de rebordos muito reabsorvidos, com pouca altura vertical, recomenda-se associar um
modelo em gesso, obtido por moldagem apenas do rebordo e realizar manobra mista de
escaneamento. Em relação ao fluxo, pode-se realizar as duas simultaneamente, podendo ser
necessário algum tipo de ajuste clínico.