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Monografia

Levantamento de seio maxilar bilateral preenchido com coágulo sanguíneo com ou sem osso autógeno e implantes imediatos

Aluno: Juan Marcelo Lassalle Olivera
Orientador(a): Dra. Ana Paula Farnezi Bassi
Área: Implantodontia
Ano: 2010

Resumo
A técnica de levantamento de seio maxilar é o procedimento de aumento ósseo mais realizado e mais previsível para resolução de maxilas atrésicas. Apesar do osso autógeno ser considerado a melhor opção em comparação aos substitutos ósseos,deve-se levar em consideração a morbidade da área doadora, aumento do tempo cirúrgico e custos adicionais. O uso de coágulo sanguíneo como material de preenchimento na loja criada após elevação da membrana sinusal e instalação imediata de implantes dentários, possibilita a neoformação óssea e osteointegração simultaneamente. O objetivo deste trabalho foi avaliar aspectos diferenciais na neoformação óssea em levantamento de seio maxilar bilateral com implantes imediatos usando o coágulo sanguíneo como material de
preenchimento com e sem osso autógeno particulado. O procedimento reabilitador foi realizado num paciente masculino de 37 anos com ausência dos elementos 16 e 26. Para preenchimento do seio esquerdo foi usado osso autógeno particulado removido da linha oblíqua esquerda. Os implantes instalados possuem superfície tratadas, geometria cônica e interface protética cone morse. Foi usada uma membrana do tipo cortical bovina para selar a janela cirúrgica da cavidade preenchida por coágulo. Após 1 ano foi realizada reabertura bilateral, instalação de pilares protéticos e confecção de coroas provisórias. Durante 12 meses de acompanhamento foram realizadas 5 tomografias computadorizadas. As tomografias revelaram neoformação óssea nos dois seios maxilares. Não foi observado colabamento da membrana sobre o implante. Por meio dos resultados das tomografias realizou-se uma análise de variação da densidade em função dos fatores tempo e tipo de
tratamento. Nas análises longitudinais, verificou-se que há um decréscimo da ordem de 10 a 15% na densidade óssea após o período de um ano. Com relação às análises transversais, observa-se que os dois tratamentos apresentam medidas semelhantes de densidade óssea ao longo do tempo, dando indicações de que o tratamento experimental pode ser tão efetivo quanto o tratamento de controle. Os resultados deste caso clínico são considerados positivos, principalmente levando-se em consideração a simplificação proporcionada pela técnica empregada em comparação com aquela que requer a necessidade de uma área doadora.