Estudo prospectivo do comportamento de enxerto gengival livre estabilizado com parafusos durante a reabertura dos implantes osteointegrados
Aluno: Fabiano Marcelo Nava
Orientador(a): Dr. Luis Eduardo Marques Padovan
Área: Implantodontia
Ano: 2015
Resumo
No tratamento de reabilitação oral utilizando implantes osteointegrados é fundamental aliar os recursos da periodontia para melhorar a qualidade dos tecidos gengivais ao redor do implante. No momento da reabertura dos implantes osteointegrados alguns pacientes necessitam ser submetidos a um procedimento cirúrgico para ganho de mucosa queratinizada. A técnica convencional de enxerto gengival livre é realizada com suturas para estabilização do mesmo, sendo que a falta de estabilização pode acarretar mobilidade durante os movimentos orofaciais, ou espaços entre o sítio receptor e o enxerto, ocasionando falta de vascularização e necrose. Desta forma, justifica-se este estudo cuja proposta foi avaliar a efetividade da técnica e a alteração dos tecidos com medições de
altura e espessura, em procedimentos de enxerto gengival livre fixado com parafuso gengival. Neste estudo clínico prospectivo foram selecionados 10 pacientes da clínica cirúrgica do Instituto Latino Americano de Pesquisa e Ensino Odontológico, ILAPEO, submetidos à instalação de implantes osteointegrados nas regiões entre pré-molares ou molares inferiores que necessitavam gengiva queratinizada. A cirurgia foi realizada no momento da reabertura dos implantes dentários e os pacientes foram submetidos à técnica de enxerto gengival livre com fixação por parafusos de titânio. Realizou-se uma análise comparativa entre a espessura inicial da área com as existentes nos períodos de 30, 60, 90 e 120 dias. Mensurou-se a espessura com limas, limitador de penetração apical e régua milímetrada. Também houve a comparação entre altura inicial e após 120 dias da cirurgia, o qual foi delimitada com sonda milímetrada. As cirurgias foram realizadas pelo mesmo operador. A altura e espessura foram padronizadas e sempre aferidas na mesma região. Nos resultados observou-se um ganho em média de 7,4 mm em altura e espessura 2,9 mm em média após 120 dias. Relatamos também que não houve diferença significativa de contração a partir do período de 60 dias comparado ao de 90 dias, e de 90 dias ao de 120 dias. Os dados de ambos foram estaticamente significativos (p<0,001) quando comparados aos dados do período inicial. Concluimos que a técnica promoveu aumento da mucosa queratinizada em espessura e altura nos períodos de 30, 60, 90 e 120 dias em relação ao inicial. Mostrou-se uma técnica previsível e viável e ainda pode ser comparada às demais técnicas de fixação em estudos futuros.