Estudo comparativo da capacidade e força mastigatória de pacientes desdentados totais reabilitados com próteses fixas implantossuportadas
Aluno: Rogéria Acedo Vieira Estudo
Orientador(a): Dra Ana Cláudia Moreira Melo
Área: Implantodontia
Ano: 2011
Resumo
O presente estudo foi uma pesquisa clínica prospectiva que avaliou os dados de capacidade mastigatória de pacientes edêntulos e após reabilitação com prótese inferior implantossuportada e prótese total superior mucossuportada. Os objetivos propostos foram: comparar a performance mastigatória pré e pós reabilitação, por meio de alimento-teste (Optocal), comparar o índice de satisfação e a habilidade mastigatória dos pacientes, por meio de questionários, comparar a força máxima de mordida mensurada com o aparelho gnatodinamometro e avaliar a influência do padrão facial, determinado cefalometricamente, na alteração da força de mordida. Foram selecionados 14 pacientes adultos que participaram da triagem rotineira do Instituto Latino Americano de Pesquisa e Ensino Odontológico. A idade média dos participantes da amostra foi de 58,14 (42 a 75 anos), todos com indicação para reabilitação mandibular com implantes osseointegrados. Os pacientes foram avaliados em 4 momentos distintos, antes da reabilitação e 20 dias, 4 e 8 meses após a reabilitação. Nos testes de performance, porções do alimento-teste foram mastigadas (20 e 40 ciclos) e depositadas num sistema de peneiras com diferentes granulometrias. Após aplicação de teste t de student e teste de Wilcoxon foram encontrados valores estatisticamente significativos no peso do alimento retido em todas as peneiras, ao serem aplicados 20 e 40 ciclos mastigatórios, exceto na segunda peneira ao se aplicar 40 ciclos. Os resultados do questionário de habilidade mastigatória revelaram que a percepção de melhora, por parte dos pacientes, aconteceu após 8 meses da reabilitação, sendo que já havia melhora na alimentação nos primeiros 20 dias. Da mesma forma, no questionário de índice de satisfação 75% das perguntas apresentaram melhora já nos primeiros 20 dias. A força máxima de mordida (kgf) teve aumento estatisticamente significativo entre os tempos inicial (3,61/4,06), após 20 dias (8,17/7,98) (p=0,00008/0,0024), após 4 meses (8,71/8,96) (p=0,0023/0,0018) e 8 meses (9,66/9,75) (p=0,00001/0,00012), nos lado direito e esquerdo, respectivamente. Quanto ao efeito do padrão facial na magnitude de alteração da força de mordida não foi observada diferença estatisticamente significante. De acordo com os resultados obtidos pôde ser concluído que a reabilitação com prótese implantossuportada mandibular resulta em melhora tanto da capacidade mastigatória como também da qualidade de vida de pacientes edêntulos.