Classificação das formas dos arcos mandibulares edêntulos e sua relação com a área de resistência para próteses fixas implantossuportadas com extensão distal
Aluno: Mylene de Cássia Gonçalves
Orientador(a): Dr. Rodrigo Tiossi
Área: Implantodontia
Ano: 2013
Resumo
Na prótese fixa total mandibular implantossuportada com extensão distal, o comprimento correto da extensão está relacionado com a distribuição espacial dos implantes no arco, sendo que esta distribuição depende das limitações anatômicas do arco dentário. Este estudo se propõe a classificar as formas dos arcos mandibulares edêntulos reabilitados com implantes osteointegrados e calcular a área implantossuportada obtida após a reabilitação, comparando-a à distância entre o centro do implante mais anterior à linha que passa pelo centro dos dois implantes mais posteriores (distância anteroposterior – AP). Para tanto, foram escaneados e analisados, de maneira padronizada, 239 modelos em gesso de pacientes reabilitados com implantes osteointegrados no Instituto Latino Americano de Pesquisa e Ensino Odontológico (ILAPEO). Cada modelo em gesso foi classificado conforme tamanho e forma do arco e as distâncias entre os implantes já instalados foram
medidas. Software (OrthoAnalyser, 3Shape) especializado foi utilizado para calcular a área da reabilitação e a distância AP. Os dados foram analisados por One-way ANOVA e pelo teste de menor significância de Fisher (p<0,05). O teste de correlação linear de Pearson foi utilizado para avaliar a correlação entre a área da reabilitação e a distância AP. Os resultados obtidos indicam a presença de 45,2% de arcos ovais (108), 34,3% de arcos quadrados (82) e 20,5% de arcos triangulares (49). A área gerada pela reabilitação variou de 59,67 a 285,48mm2. Não ocorreram diferenças significativas entre as formas dos arcos e as áreas das reabilitações (p>0,05). A maior distância AP média (mm) foi encontrada para os arcos triangulares (8,38±1,42) e a menor para os arcos quadrados (6,87±1,41) (p<0,05). Foi encontrada correlação positiva entre a área da reabilitação e o comprimento da distância AP (p=0,789). A distância AP variou de 3,57 a 12,10mm. Pode-se concluir que: não existe correlação entre a área total (tamanho) e a forma dos arcos mandibulares analisados; a forma do arco não influencia a área obtida pela reabilitação; a forma do arco interfere significativamente na distância AP; a área gerada pela reabilitação está diretamente relacionada ao comprimento da distância AP.