Avaliação tomográfica de maxilas atróficas reabilitadas com enxerto em bloco autógeno e xenógeno e implantes cone Morse
Aluno: Julio Cesar Lara Sawada
Orientador(a): Dr. Luis Eduardo Marques Padovan
Área: Implantodontia
Ano: 2015
Resumo
O procedimento de enxerto ósseo em bloco é um recurso muito utilizado para a reconstrução óssea da maxila em pacientes que sofreram reabsorção do osso alveolar. Técnicas e materiais vêm sendo desenvolvidos e aprimorados visando à recuperação do tecido ósseo para viabilizar a instalação de implantes osteointegrados. O objetivo do presente estudo foi quantificar, por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico, a resposta dos enxertos ósseos autógenos em bloco retirados do ramo mandibular (G1) e enxertos ósseos em bloco xenógeno (G2). As imagens tomográficas foram obtidas imediatamente após a inserção do implante, 8 meses após o procedimento de enxerto ósseo (T1) e após 16 meses do procedimento reconstrutivo (T2). As medidas lineares de altura e espessura dos blocos de enxertos de cada implante, nos tempos T1 e T2, foram obtidas por meio de ferramentas padronizadas do software Galaxis versão 1.7, na janela do corte sagital. Todas as etapas para a obtenção das medidas nas imagens tomográficas dos 16 implantes com seus diferentes tipos de enxertos nos tempos T1 e T2 foram realizadas pelo mesmo examinador calibrado e a concordância intrarobservador foi calculada. Os resultados tomográficos mostram que o grupo autógeno (G1) obteve uma redução média em altura de 1,42mm (10,06%), uma redução em espessura média de 1,24mm (29,60%) e a área média definida como alteração dimensional foi de (36,46%). Já no grupo xenógeno (G2) a redução média de altura do bloco foi de 1,38mm (10,02%) e em espessura média de 0,97mm (18,81%), com uma alteração dimensional de (26,62%). A diferença entre os grupos não foi estatisticamente significativa (p=0,366). Sendo assim, não houve evidência de que os grupos sejam diferentes quanto a alteração dimensional. Na avaliação de concordância intraobservador não houve diferença sistemática entre as duas medidas realizadas nas 4 variáveis analisadas. Apesar da necessidade de realizar estudos clínicos e tomográficos a longo prazo para obtenção de resultados mais precisos, o bloco xenógeno apresentou estabilidade dimensional semelhante ao bloco autógeno, demonstrando ser um substituto ósseo em potencial.