Avaliação imunoistoquímica do reparo ósseo em defeitos ósseos tratados com biomateriais xenógenos: estudo comparativo in vivo.
Aluno: Gizelli de Souza Dall´Agnol
Orientador(a): Prof. Dr. Valdir Gouveia Garcia
Área: Implantodontia
Ano: 2021
RESUMO
O restabelecimento morfológico e funcional de defeitos ósseos representa um desafio clínico que requer
maiores evidências científicas para uma adequada seleção do substituto ósseo pelo profissional. O
objetivo do presente estudo foi realizar avaliação imunoistoquímica comparativa de dois substitutos
ósseos xenógenos em defeitos ósseos de tamanho crítico (Ø = 5 mm) criados em calota craniana de
ratos. Trinta animais foram randomizados em 3 grupos que receberam um dos seguintes tratamentos:
Grupo C (n=10) denominado de Controle, os defeitos foram preenchidos com coágulo sanguíneo; Grupo
Bio-Oss® (n=10), os defeitos foram preenchidos com osso medular bovino (Bio-Oss®), Grupo Bonefill
(n=10), os defeitos foram preenchidos com osso cortical bovino (Bonefill). Todos os defeitos foram
protegidos com uma membrana de cortical óssea bovina, antes do fechamento da ferida cirúrgica. Cinco
animais de cada grupo foram eutanasiados após 30 e 45 dias de pós-operatório e os espécimes,
submetidos a processamento laboratorial para avaliação imunoistoquímica. Foi utilizado
imunomarcador ósseo para BMP2/4, Osteocalcina (OCN) e Fosfatase ácida tartarato resistente (TRAP).
Os resultados revelaram que os espécimes do grupo Bio-Oss® demonstraram maior atividade da
BMP2/4 e OCN, revelando a formação de tecido ósseo mais maduro, em ambos os períodos. Os
resultados permitiram concluir que ambos os biomateriais se mostraram biocompatíveis; que não houve
diferenças estatísticas significantes em comparação ao grupo controle; porém entre os biomateriais
avaliados, o Bio-Oss® mostrou, em ambos os períodos de avaliação, tendência a promover melhor reparo
ósseo quando comparado com o Bonefill, com maior evidência aos 45 dias.