Avaliação clínica e radiográfica da remodelação óssea de implantes instalados Equicrestal e Subcrestal, com carga imediata: Follow-up de 11 anos de um Estudo Clínico Randomizado.
Aluno: Julio César Schröder
Orientador(a): Professora Dra. Flávia Noemy Gasparini Kiatake Fontão
Área: Implantodontia
Ano: 2024
RESUMO
Objetivos: Este entudo clínico randomizado, de 11 anos de acompanhamento, avaliou a influência dos
tecidos moles, profundidade dos implantes (equi ou subcrestal) e altura dos pilares protéticos na
remodelação óssea e no sucesso de implantes de conexão cônica interna em reabilitações híbridas
implantossuportadas mandibulares de arco total.
Materiais e Métodos: Inicialmente, o estudo incluiu 11 pacientes edêntulos totais. Os implantes foram
distribuídos na mandibula de maneira aleatória em um protocolo de boca dividida, compreendendo 28
implantes na posição equicrestal (E) e 27 implantes na posição subcrestal (1-3 mm infra ósseo) (S).
Cada paciente recebeu um total de cinco implantes. Todos os pacientes foram reabilitados com próteses
fixas híbridas carregadas imediatamente. Os pacientes foram acompanhados clínica e radiograficamente
por 5 anos inicialmente. Após 11 anos (132 meses) devido à perda de um paciente por óbito e a não
localização de dois outros, 8 pacientes compareceram a uma visita de acompanhamento. Assim, a
amostra ficou constituída por 8 pacientes (E= 20 implantes e S = 20 implantes), após os dados clínicos
e radiográficos foram então obtidos por meio de radiografias intraorais padronizadas e medições da faixa
de mucosa queratinizada, altura (MQ), e espessura (MV), assim como foram coletados dados referentes
às alturas dos pilares protéticos e os implantes foram testados clinicamente quanto à presença de dor
e/ou mobilidade. Medições foram obtidas nas radiografias e os dados: faixa de mucosa ceratinizada e
altura dos pilares protéticos foram associados à remodelação óssea nos dois grupos.
Resultados: A amostra foi constituída por 8 pacientes com idade média de 69,2 anos (53 – 81anos)
sendo 5 do gênero feminino e 3 do masculino. No total, 40 implantes foram analisados (E = 20 e S =
20). Nenhum implante apresentou dor e/ou mobilidade sendo a taxa de sucesso e sobrevivência de
100%. Os implantes do grupo S (subcrestais) mostraram menor remodelação óssea (0.22 ± 0.15 mm)
em comparação aos do grupo E (equicrestais) (0.31 ± 0.30 mm) não apresentando os dados significância
estatística (p > 0,05). Quando os dados gerais de remodelação óssea foram comparados aos dados
iniciais (T0 e T11) foi encontrada perda moderada (p = 0.89) em ambos os grupos. As dimensões dos
tecidos moles não evidenciaram significância na remodelação óssea assim como as alturas dos pilares
protéticos.
Conclusões: Foi encontrada remodelação óssea em ambos os grupos no acompanhamento de 11 anos.
Apesar de a remodelação ter sido menor no grupo com posicionamento subcrestal dos implantes, os
dados não apresentaram significância estatística. As dimensões da MQ, MV e do pilar protético não
influenciaram a remodelação óssea peri-implantar.