Aspectos imunológicos na reconstrução da maxila atrófica anterior com rhBMP-2
Aluno: Ana Daisy Zacharias
Orientador(a): Dr. Rubens Moreno de Freitas
Área: Implantodontia
Ano: 2018
Resumo
Os resultados clinicamente favoráveis obtidos nas reabilitações implantossuportadas estão fortemente associados à disponibilidade óssea dos rebordos a serem reabilitados. Várias técnicas cirúrgicas podem ser utilizadas para reconstruir o rebordo atrófico, incluindo a regeneração óssea guiada com base na utilização de membranas reforçadas com titânio, que podem estar associadas com enxerto ósseo autógeno ou proteínas ósteoindutoras. Este trabalho propôs comparar aspectos imunológicos de pacientes enxertados com a proteína morfogenética óssea humana (rhBMP-2) embebida em esponja reabsorvível de colágeno (ACS) ou com enxerto ósseo autógeno, utilizados para aumento ósseo em espessura na região anterior da maxila, com base na avaliação quantitativa de IL-10, IL-1β, IFN-γ e TNF-α séricas. Vinte e quatro pacientes com necessidade de reabilitação na maxila anterior participaram do estudo. Foram divididos de forma randomizada em dois grupos: Grupo 1- rhBMP-2/ACS (12 pacientes) e Grupo 2 – enxerto ósseo autógenointraoral particulado (12 pacientes). Foram coletadas amostras de sangue de cada paciente em vários tempos, durante um período de seis meses (linha de base, 7, 15, 30, 90 e 180 dias pós-operatório). A avaliação quantitativa de IL-10, IL-1β, IFN-γ e TNF-α foi realizada por ensaio imunoenzimático ligado a enzima (ELISA). Com base no teste de Mann-Whitney, não foram observadas diferenças significativas entre os dois grupos quanto aos níveis séricos dos diferentes marcadores estudados, em quaisquer dos tempos avaliados. Os testes de Kruskal-Wallis usados para avaliações intragrupo também não mostraram diferenças significativas nos níveis séricos das diferentes citocinas nos vários tempos de observação, em ambos os grupos. Não foram observadas diferenças significativas dos parâmetros testados no dia zero (linha da base) e aos 90 ou 180 dias após os enxertos (P <0,05), estando os valores dentro de níveis normais. Desta forma podemos concluir que o enxerto de rhBMP-2/ACS utilizado em região anterior de maxila com a finalidade de se obter aumento ósseo horizontal apresenta resultados semelhantes ao enxerto ósseo autógeno a nível sistêmico e ambos os procedimentos não resultam em processo inflamatório importante.