Análise do comportamento clínico de próteses provisórias de arco total (mucossuportada em maxila e implantossuportada em mandíbula) impressas em resina e do índice de satisfação dos pacientes e do profissional. Coorte prospectivo
Aluno: Marcelo Noboru Tanizaka
Orientador(a): Dra Ivete Aparecida de Mattias Sartori
Área: Implantodontia
Ano: 2023
RESUMO
O objetivo deste estudo foi avaliar o comportamento de próteses totais maxilares e
implantossuportadas mandibulares provisórias impressas instaladas em carga imediata, a satisfação dos
pacientes e do profissional. O planejamento das próteses foi realizado utilizando próteses totais que
estavam em uso, após serem ajustadas em relação à DVO e estética através de registros. Em casos de
ausência das próteses foi adequado um plano de cera em base de prova. Fotos extraorais foram utilizadas
para orientar a montagem virtual dos dentes. Após aprovação do desenho, as próteses foram impressas
como próteses mucossuportadas (a inferior em forma de guia multifuncional). Após a instalação dos
implantes e intermediários, a prótese inferior recebeu os transferentes unidos em resina e material de
moldagem. O modelo inferior foi obtido por vazamento em gesso e após a limpeza essa prótese foi
transformada em prótese fixa implantossuportada com componentes barra distal e resina acrílica de
polimerização química. As próteses foram instaladas. Questionários de satisfação foram preenchidos
tanto pelos pacientes como pelo profissional. Foram reabilitados 18 pacientes com idade média de 65,8
± 1,9 anos, sendo 11 pacientes do sexo feminino (61,1%) e 7 pacientes do sexo masculino (38,9%). O
Programa de Pós-graduação
Relatório Técnico Conclusivo de Projeto – Formulário 3
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período médio de acompanhamento da prótese inferior foi de 7.1 meses (5.8-9.8) e da prótese total
superior foi de 9.4 meses (5.8-12.0). Durante o período de acompanhamento ocorreram 2 fraturas de
prótese maxilar (6%) e 3 fraturas de incisais de dentes (6%). Um total de 5 próteses passaram por
reembasamento em clínica para melhorar a estabilidade (28%). Nas próteses implantossuportadas
inferiores não ocorreu nenhuma fratura da prótese. Em 3 casos ocorreram fraturas de dentes (incisais)
havendo nova fratura no mesmo local em 2 casos, totalizando 5 intercorrências (17%). Apesar de terem
ocorrido algumas intercorrências, todas foram passíveis de reparo pelo profissional em clínica. O índice
de satisfação dos pacientes em relação à condição oral medida pelo teste OHIP EDEN revelou forte
melhora no acompanhamento de 3 meses, mantendo estabilidade do T6. O índice de satisfação
profissional em relação à função e estética das próteses nos acompanhamentos foi muito favorável.
Frente aos dados coletados parece lícito concluir que próteses provisórias mucossuportadas maxilares e
próteses mandibulares implantossuportadas impressas representam uma boa alternativa de tratamento
como próteses provisórias na técnica de carga imediata.