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Tese

Estética do sorriso em prótese total e seus reflexos na periodontia: do aumento de coroa clínica estético ao manejo da recessão gengival

Aluno: Julio Cesar Rebollal Rodriguez Lopez
Orientador(a): Prof. Dr. José Mauro Granjeiro
Área: Implantodontia
Ano: 2023

RESUMO
Objetivo:
Esta revisão sistemática e metanálise visa avaliar a eficácia das técnicas utilizadas para
mitigar a dor e o desconforto pós-operatório e acelerar o reparo após a remoção de enxerto gengival
livre (EGL) do palato.
Materiais e Métodos: Uma revisão sistemática e meta-análise foram realizadas seguindo as diretrizes
PRISMA. As bases de dados PubMed, SCIELO, LILACS, EBSCO, Web of Science, Scopus, Cochrane
e Google Acadêmico foram consultadas. Foram incluídos apenas estudos clínicos randomizados (ECR)
que utilizaram EGL com dados sobre dor pós-operatória e reparo tecidual, sem restrição de tempo, nos
idiomas inglês, português e espanhol. Foram avaliadas a heterogeneidade dos estudos, os métodos de
avaliação da dor, do reparo tecidual e a eficácia das intervenções.
Resultados: A dor pós-operatória foi uma preocupação significativa. No primeiro dia após a cirurgia, a
metanálise indicou uma redução significativa da dor nos grupos de tratamento, com uma diminuição
geral de -2,16 (95% CI [-3,46, -0,89], I
2 = 92%). No terceiro dia, os resultados foram igualmente
significativos, com uma redução de -1,80 (95% CI [-2,75, -0.85], I
2 = 82%). Ao sétimo dia, a análise
revelou uma diminuição consistente da dor, com uma média de -1,70 (95% CI [-2,44, -0,96], I
2 = 88%).
Vários métodos foram usados para avaliar o reparo tecidual, incluindo H
2O2, “Wound Healing Index –
Landry, Turnbull and Howley” (WHI-LTH) e “Visual Analog Scale” (VAS), porém nenhum tipo de
intervenção destacou-se em termos de aceleração do processo e finalização do reparo tecidual que
geralmente ocorreu entre 21 e 28 dias.
Conclusão: A técnica de EGL é eficiente, porém está supostamente associada a uma morbidade pósoperatória mais acentuada. O tratamento com L-PRF e gel de ácido hialurônico 0,2% foram os mais
eficientes para reduzir a dor, segundo a escala VAS, enquanto o reparo tecidual foi similar independente
do tratamento realizado. A gestão eficaz da dor pós-operatória e a atenção aos detalhes metodológicos
são cruciais para aprimorar as práticas clínicas e os resultados dos pacientes submetidos à procedimentos
periodontais e peri-implantares. A heterogeneidade metodológica e as limitações nos estudos indicam a
necessidade de mais pesquisas nessa área.