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Tese

Alterações Condilares Tridimensionais em Pacientes Classe III Esquelética Submetidos à Cirurgia Ortognática – Uma Revisão Sistemática

Aluno: Gabriel Haddad Kalluf
Orientador(a): Prof. Dr. Augusto Ricardo Andrighetto
Área: Implantodontia
Ano: 2023

RESUMO
Proposição:
O objetivo desta revisão sistemática foi avaliar as evidências disponíveis sobre a incidência
e quantificação das alterações de superfície nos côndilos mandibulares após cirurgia ortognática por
meio de osteotomia sagital bilateral da mandibula (OSBM), com ou sem cirurgia maxilar, em indivíduos
simétricos ou assimétricos classe III.
Materiais e Métodos: A busca foi realizada nas bases: Pubmed, Lilacs, Web of Science, Embase,
Scielo, Scopus, Ebsco, Cochrane, além do Google Acadêmico, e então registradas no International
Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO). Os estudos selecionados atenderam aos
critérios estabelecidos pelo seguinte modelo PICO: (1) População: indivíduos com deformidades
dentofaciais classe III, com idade acima de 18 anos. (2) Intervenção: cirurgia ortognática utilizando
OSBM. (3) Comparação: medidas tomográficas condilares (volume, espessura, altura e largura)
previamente ao procedimento cirúrgico. E (4) resultados: medidas tomográficas condilares (volume,
espessura, altura e largura) no intervalo mínimo de doze meses do pós-cirúrgico.
Resultados: Inicialmente, foram identificados 800 artigos, dos quais 651 duplicatas foram excluídas,
149 foram triados e oito estudos foram selecionados para extração de dados e análise, com base nos
critérios de inclusão e exclusão. Dentre os oito estudos, cinco avaliaram indivíduos classe III simétrica;
e três estudos, indivíduos classe III com assimetria facial, totalizando 211 pacientes, sendo 89 do sexo
masculino e 122 do sexo feminino. No total, 422 côndilos foram avaliados e, segundo os parâmetros
determinados, foram observadas remodelações ósseas mínimas com médias variando entre -0,03 mm
até -0,94 mm e 0,01 mm até 0,34 mm para reabsorção e aposição, respectivamente.
Conclusão: A análise dos dados obtidos constataram mínimas alterações na morfologia condilar após a
cirurgia ortognática por meio de OSBM, com ou sem cirurgia maxilar, indicando maior previsibilidade
na estabilidade esquelética. Os vieses observados não comprometeram a confiança nos dados analisados,
os quais verificaram ausência de recidivas clínicas. Contudo, é desejável mais estudos clínicos com
metodologia melhor padronizada na aquisição de imagens através de tomografia computadorizada de
feixe cônico, aumentantando os níveis de confiabilidade na quantificação da remodelação e no cálculo
de volume condilar.