Efeito, a longo prazo, da posição do implante em diferentes níveis de profundidade da crista óssea e comportamento dos tecidos moles: Ensaio clínico randomizado
Aluno: Robson Savaget Gonçalves Junior
Orientador(a): Dra. Flávia Noemy Gasparini Kiatake Fontão
Área: Implantodontia
Ano: 2018
Resumo
Este trabalho teve como objetivo a avaliação longitudinal, clínica e radiográfica (60 meses), da perda óssea de implantes do tipo cone Morse submetidos a carga imediata e prótese híbrida instalados em região de sínfise mentual em diferentes níveis de profundidade (equicrestal e subcrestalmente), correlacionando o comportamento dos tecidos moles marginais aos implantes. Cinquenta e cinco implantes foram instalados em 11 pacientes na Faculdade ILAPEO, subdivididos em dois grupos G1 e G2. No primeiro grupo (G1) foram instalados 28 implantes equicrestalmente; no segundo grupo (G2) 27 implantes de 1 a 3 milímetros abaixo da crista óssea (subcrestal). Os implantes foram distribuídos aleatoriamente na cavidade bucal (modelo boca dividida). A amostra final foi assim constituída: seis pacientes com 3 implantes equicrestais e 2 subcrestais e cinco pacientes com 3 implantes subcrestais e 2 equicrestais. Foram realizadas mensurações na região dos implantes, após 4 meses (T1) e 60 meses (T2) de acompanhamento, correlacionando altura e espessura de mucosa queratinizada, com recessão gengival. Teste ANOVA foi aplicado para a comparação entre os grupos G1 e G2 (a = 0.05). A taxa de sobrevivência dos 55 implantes foi de 100% para ambos os grupos (G1 = 28 e G2 = 27). Ambas as profundidades de colocação do implante testadas apresentaram perda óssea crestal semelhante (P>0,05). Perda óssea crestal significativa para cada grupo foi encontrada nos diferentes tempos de medição (T1 e T2) (P<0,05). As profundidades de colocação do implante, a largura da mucosa queratinizada e a espessura da mucosa vertical não tiveram efeito sobre a recessão dos tecidos moles (P>0,05). Concluindo assim então que as diferentes profundidades de colocação de implantes não influenciaram as alterações ósseas crestais. Além disso, o comportamento dos tecidos moles não é influenciado pelas diferentes profundidades de colocação do implante ou pela quantidade de tecido queratinizado.