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Dissertação

Análise de influência da posição do implante em relação às corticais na estabilidade e na correlação entre duas formas de medida. Estudo in vitro

Aluno: Paulo Gustavo Freitas dos Santos
Orientador(a): Dra. Ivete A. de Mattias Sartori
Área: Implantodontia
Ano: 2013

Resumo
A obtenção da estabilidade primária tem sido o requisito fundamental para a indicação da técnica de carga imediata, o que levou à necessidade do desenvolvimento de formas para mensurá-la. Dentre os vários mecanismos de aferição destaca-se o uso da catraca torquímetro e do método da análise de freqüência de ressonância. O primeiro é um método acessível, porém não fornece
parâmetros seguros principalmente por não permitir medidas de monitoramento. O segundo, apesar de confiável e seguro para acompanhamentos clínicos, não está ainda largamente disponível. Estudos que avaliam a correlação entre os dois métodos mostram resultados controversos levando à compreensão da necessidade de estudos que avaliem fatores que podem interferir na correlação entre as duas formas de medida. Diante disso este trabalho foi idealizado in vitro com o objetivo de avaliar a interferência da posição do implante em relação às corticais na obtenção da estabilidade primária e também na correlação entre as duas formas de medida. Foram selecionadas costelas bovinas com espessuras suficientes para instalação de implantes indicados para osso tipo I e II. Um total de 30 implantes (Titamax CM 3,75×13, Neodent, Curitiba, Brasil) foram instalados e divididos em 3 grupos segundo o posicionamento dos mesmos em relação às corticais ósseas sendo: G1 – implantes estabilizados apenas a nível apical; G2 – implantes estabilizados a nível apical e cervical e G3 – implantes estabilizados apenas a nível cervical. Durante a inserção dos implantes foram anotadas as medidas do torque de inserção aferidas com o torquímetro (N.cm). Após, com o aparelho Osstell (Mentor, Gotenberg, Suécia), foram obtidos os valores de ISQ. Foi realizada análise de variância com medidas repetidas. A condição de normalidade foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilks (p<0,05). Para avaliação da correlação foi utilizado o teste de Pearson. Em relação ao torque de inserção foram encontradas diferenças estatisticamente significantes quando G2 foi comparado a G3 e também na comparação entre G1 e G2 (p<0, 001). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes quando G1 foi comparado a G3 (p=0, 073). Em relação aos valores de ISQ, os dados foram estatisticamente significantes na comparação entre G2 e G3 (p=0, 004), entre G1 e G2 (p <0, 001) assim como entre G1 e G3 (p<0, 001). Quando se avaliou os grupos em relação à correlação entre as duas formas de medidas, apenas no G1 foi encontrada correlação (coeficiente de Pearson= 0,87) com dados estatisticamente significantes (p=0, 004) não tendo sido encontrados correlação nos outros dois grupos G2: coeficiente de Pearson= -0,42, p=0, 232 e G3:
Coeficiente de Pearson= -0,22, p=0,537. Com base nos dados foi possível concluir que a posição dos implantes em relação às corticais influencia na estabilidade dos implantes quando a avaliação é feita pelo torque de inserção e por análise de freqüência de ressonância. Quando analisou-se a influência da posição na correlação entre as duas formas de medidas, observou-se que apenas a posição com travamento na cortical apical exerceu influência.