Estabilidade de implantes em protocolo de barras pré-fabricadas: Acompanhamento de 6 anos. O uso de questionários como ferramenta de controle da dissonância cognitiva na reabilitação de pacientes edêntulos com próteses fixas implantossuportadas
Aluno: Ricardo Alves Toscano
Orientador(a): Dra. Ana Cláudia M. Melo Toyofuku
Área: Implantodontia
Ano: 2012
Resumo
O aumento no uso da terapia com implantes, associado ao crescente interesse de pacientes em um tratamento seguro e rápido, tem levado ao desenvolvimento de vários protocolos de próteses fixas implantossuportadas a fim de permitir o rápido estabelecimento de função e estética satisfatórias. O objetivo deste trabalho foi avaliar aspectos da reabilitação de pacientes edêntulos por meio de próteses fixas implantossuportadas considerando: a estabilidade a longo prazo de implantes instalados em região interforaminal mandibular submetidos à carga imediata, e avaliar a eficácia do planejamento reverso como controle da dissonância cognitiva no resultado final em pacientes reabilitados com prótese implantosuportada em arco superior. O estudo constou da avaliação de duas amostras distintas. A primeira composta por 11 pacientes, reabilitados com 4 implantes inferiores de acordo com o protocolo Neopronto (Neodent, Curitiba, Brasil). Foi realizado acompanhamento da estabilidade dos implantes, por meio de freqüência de ressonância, imediatamente após a instalação e 1, 2 e 6 anos após aplicação de carga funcional. No segundo grupo de 7 pacientes, reabilitados com próteses fixas sobre implantes superiores, foram aplicados questionários. Os pacientes foram aleatoriamente alocados em dois subgrupos, sendo que no subgrupo I, foram aplicados três questionários, o primeiro na consulta inicial, para identificação da expectativa do paciente em relação ao tratamento e o quanto a perda dos dentes afetou sua vida. O segundo questionário foi aplicado após explicar ao paciente detalhes do planejamento realizado, e por fim um terceiro questionário foi aplicado 2 meses após a resolução protética. No subgrupo II, o segundo questionário não foi aplicado, contudo todos os procedimentos de planejamento foram realizados da mesma forma. Em relação à estabilidade dos implantes, foi observado 100% de sucesso. O teste t de student e análise de variância mostraram manutenção da estabilidade ao comparar os resultados de estabilidade primária (média: 64, 1ISQ) com a estabilidade após 1 (média: 64,3 ISQ) e aumento da estabilidade estatisticamente significante após 2 anos (média: 67,6 ISQ). Após 6 anos houve redução estatisticamente significante do valor de ISQ (55,5). Quanto ao estudo com questionários, foi observado que na maioria dos casos a expectativa do paciente com o tratamento foi atingida, independente da aplicação ou não do questionário sobre o planejamento proposto. Dessa forma pode ser concluído que a reabilitação com implantes dentários é uma técnica segura e bem sucedida tanto no aspecto funcional da reabilitação como na satisfação do paciente com o tratamento.