Acompanhamento retrospectivo de casos reabilitados com implantes em duas instituições de ensino
Aluno: Roseli Trevisan Latenek
Orientador(a): Dra. Ivete A. de Mattias Sartori
Área: Implantodontia
Ano: 2011
Resumo
A avaliação do sucesso das reabilitações implantossuportadas compreende aspectos
funcionais biológicos e mecânicos. Além do implante estar estável, é necessário que os
tecidos ao redor dos mesmos estejam saudáveis, que os parafusos que compõem o sistema
se apresentem apertados e que o nível ósseo ao redor das fixações estejam dentro dos
padrões de normalidade. Com o objetivo de avaliar esses dados foram conduzidos estudos
em duas Instituições de Ensino, através de exame clínico, preenchimento de um
questionário próprio elaborado e mensurações radiográficas periapicais. No curso de
Especialização em Implantodontia do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais
(Ponta Grossa-PR), foram avaliados pacientes tratados no período do ano de 2006 a 2008 e
no Instituto Latino Americano de Pesquisa e Ensino Odontológico (Curitiba-Pr), no
período de 2005 a 2010. Na primeira instituição foram avaliados 59 pacientes reabilitados
com próteses de arco total, parcial ou unitário. A idade dos pacientes variou entre 31 e 78
anos (média de 55). O índice de sucesso dos implantes foi de 97,29%, dos parafusos dos
intermediários 91,62% e dos protéticos 94,20 %. Quanto ao índice de satisfação, 51
pacientes estavam totalmente satisfeitos, 4 estavam satisfeitos mas com alguma queixa e 6
insatisfeitos, resultando num índice de 85,71%. O nível ósseo peri-implantar se manteve
estável ou com imagem radiolúcida menor ou igual a 1mm em 98,4% dos implantes. O
índice de placa bacteriana era visível em 67% dos pacientes. No entanto, o índice de
inflamação associada foi de 86,44%. No ILAPEO a avaliação foi feita em 444 pacientes
reabilitados com próteses de arco total e/ou parcial. A idade dos pacientes variou entre 26 a
88 anos (média de 58,22). Do total (2244 implantes), cinco foram perdidos e 1 ficou
submerso; sendo o índice de sucesso 99,73% após um período de 1 a 5 anos em função. O
índice de parafusos protéticos que se mantinham apertados foi de 94,78%, e dos parafusos
dos intermediários foi de 96,70%, tendo sido encontrada fratura em 2 parafusos. Quanto ao
índice de satisfação dos pacientes, havia 330 totalmente satisfeitos, 103 satisfeitos e com
alguma queixa, 7 esperavam mais do tratamento e 4 pacientes estavam insatisfeitos. As
queixas eram referentes a: higienização (43), estética (24), desconforto com a mordida
(16), fonética (13), dor (6) e não constava (2). Dos 114 pacientes que apresentavam alguma
queixa, 99 eram prótese fixa de arco total, e 15 em prótese fixa parcial, 48 localizadas na
maxila e 66 na mandíbula. O nível ósseo peri-implantar dos implantes se manteve estável
ou com imagem radiolúcida menor ou igual a 1mm em 96,21% dos implantes. Foram
detectadas imagens radiolúcidas no sentido horizontal com mais de 2mm em 85 implantes.
A presença de placa bacteriana foi encontrada em 275 pacientes e a presença de inflamação
associada em 66 pacientes. A análise dos dados permitiu concluir que o acompanhamento
foi importante por permitir o conhecimento do comportamento dos implantes e
componentes e também por permitir que medidas de controle fossem instituídas, o que
poderá evitar futuras complicações.